Porque o sexo é boooooom!

A nossa existência passa pela busca de prazer. Uma forma que a Natureza arranjou para o objectivo último de qualquer espécie: reproduzir-se para se perpetuar.

Nestes tempos de quarentena, poderia enumerar prazeres atrás de prazeres que, por estarmos fechados em casa, procuramos outra vez ou aumentamos a sua procura natural. Comer, dormir, procurar calor, sorrir, lavar-se, estão entre os prazeres da natureza humana que buscamos, talvez sem dar por isso. Dependendo de cada um de nós, uns prazeres serão mais usados do que outros. Mas há um que destaco hoje: sexo.

Todos gostamos de sexo. Uns mais do que os outros, mesmo que não o pratiquem. É da nossa própria natureza e dele depende a nossa sobrevivência enquanto espécie. Mesmo que pareça ausente nalgumas pessoas (toda a gente deve conhecer umas quantas), o sexo está presente em cada momento que transporte erotismo. O mesmo que dizer que está presente em quase tudo que nos rodeia se o quisermos ver ou, mesmo que o não vejamos, no que sentimos. A Arte contém erotismo, o movimento, o andar, o respirar. Os beijos que trocamos, o toque das mãos e dos corpos, os olhares. A comunicação é erótica.

Fechados em casa em tempos de quarentenas e isolamentos, é natural que o erotismo se exacerbe e que o sexo esteja mais presente. A sós, com a cara metade ou em grupo, o sexo tomará vontades e proporções que se esperam maiores. A busca de prazer é mais necessária em nós porque, ao estar fechados, concentramos o estímulo erótico. Ou, por outro lado, sentimos falta dele quando o víamos na rua por todo o lado sem darmos por ele e por isso agora nos é mais importante porque não o acedemos como normalmente.

O desejo existe, é para ser satisfeito. Uma regra lógica, que não tem nem deve desta vez obedecer a qualquer freio social, religioso ou moral. A nossa casa é o nosso mundo privado e, como tal, onde desenhamos o que nos for melhor e que nos dê mais prazer, já que a natureza assim o exige. Pese embora o acordo dos demais que vivem connosco no mesmo espaço de casa, obviamente, que a minha liberdade acaba no começo da do outro. 

O sexo, na Medicina Chinesa, tem leituras contraditórias. Se por um lado o estudo das síndromes patológicas nos diz que sexo em demasia é prejudicial para a energia vital e provoca patologia mais cedo ou mais tarde, por outro os textos antigos explicam-nos que sendo o homem Yang e a mulher Yin, completam-se e alimentam-se um ao outro. Uma das perguntas mais frequentes quando estava a estudar era “o que querem eles dizer com o em demasia?”. 

Pois, cada um tem os seus limites e cada um terá de os reconhecer. Mas, até lá vale tudo. 

Porque, segundo os textos chineses, a mulher ao receber o homem recebe a sua energia no seu máximo de Yang (orgasmo), esgotando-o, mas a mulher na explosão do seu Yin e nos seus fluidos alimenta-o. O sexo e o prazer que o acompanha fica assim justificado e fundamentado.

Pratiquem sexo à vontade, com quem quiserem e vos apetecer, desde que não saiam de vossa casa, onde devem estar confinados. 

Mas:

  • Usem métodos contraceptivos. Apesar dos mortos que teremos necessariamente por causa desta pandemia o planeta já tem pessoas que chegue e não precisa de mais. Não queremos outro baby boom, pois não?
  • Lavem-se após o acto. Para evitar infecções urinárias e candidíase. 

– Especialmente as meninas, façam xixi depois do acto. Ajuda a não ter infecções urinárias.

  • Sejam meigos. Fazer sexo à bruta promove lesões e infecções. 
  • A seguir ao sexo anal não façam sexo vaginal sem se lavarem primeiro. Promove infecções e candidíase. 
  • Não gritem. Os vizinhos não têm de fazer parte da vossa vida sexual.
  • Não façam maratonas. É melhor aos bocadinhos do que tudo de seguida até enjoar. E assim é que é saudável.
  • Bebam água depois do acto. Também dá prazer e hidrata. 
  • Especialmente para os meninos, durmam a sesta depois do acto. Sem vergonha.
  • Usem a imaginação e explorem. Os filmes porno não prestam e são redutores porque têm de pensar nos ângulos de filmagem. 
  • Para os que estão sozinhos usem a imaginação. Filmes e revistas podem ajudar, mas a nossa mente é o maior estímulo.