O Natal costuma ser uma altura de convívio familiar ou de amigos. Porque a data é obrigatória, esta altura costuma gerar stress suficiente para que sejam esquecidas dores, maleitas e doenças durante este período. Por isso também é normal que notemos, todos os anos, nos nossos consultórios uma baixa na procura dos nossos préstimos profissionais por esta altura. O dinheiro que as pessoas gastam nas prendas, deslocações, comida, bebida e artigos variados de festa é, evidentemente, desviado de tudo o que não seja estritamente essencial para o Natal ou para o dia-a-dia. De onde as nossas consultas sejam muitas vezes atiradas para segundo plano, os tratamentos interrompidos e as patologias suspensas até doer mais ou piorar, o que se espera que só aconteça depois do período das festas, lá para Fevereiro.

Este ano talvez seja diferente. As pessoas estão mais nervosas, mais ansiosas, mais frustradas, por tudo o que trouxe este tempo do Novo Coronavírus. Talvez uma das coisas estritamente essenciais para este Natal seja o controle dessa ansiedade em cada um de nós que se traduz em ansiedade generalizada. Ou, pelo contrário e pelo ambiente generalizado, este Natal seja ainda mais extremo do que os anteriores, nos excessos, na urgência dos encontros, no gastar das economias. 

Seja como for, este Natal será sempre especial porque diferente, e nós cá estaremos, como de costume, à espera para corrigir e tratar mais tarde os desgastes das festas, ou simplesmente para continuar o trabalho e tratar o que há a tratar. Seja como for podem contar connosco.