Outra vez a fumar

Outra vez a fumar

Deixei de fumar há tantos anos que já nem me lembro há quantos. Hoje sonhei que fumava. Ou melhor, que não era fumador mas que fumava um cigarrito ou outro. E depois já fumava que nem um cavalo mas não era fumador, dizia eu. 

Aquilo era esquisito. No meu sonho fazia completamente sentido, fumar e não ser fumador, ou seja, não fumava. Mas fumava. E que bem que me sabiam os cigarros! Ao mesmo tempo que sentia os pulmões apertados e cheios de tosse. E assim seguia o sonho…

Quando acordei pensei que talvez o meu cérebro sentisse saudades de fumar. Ou simplesmente falta de fumar. Mas porquê após todo este tempo, em que já nem me lembro o que é fumar nem o seu gosto ou sensação de prazer?

 É certo que o cérebro pode ser cruel nos sonhos. Sonho tantas e tantas vezes com coisas que não quero sonhar nem sequer lembrar-me para não reviver tudo outra vez! Quantas vezes sonhei com a morte de alguém, com alguém querido já morto, ou com a dor da amada perdida? Ou coisas da infância, do trabalho, das indecisões, de fantasias puras? É certo que os sonhos são essenciais para limpar o cérebro, para resolver coisas que não estão resolvidas, para arrumar memórias, para crescer. 

Este sonho do fumar virá nessa mesma lógica? Ou o meu cérebro está ainda viciado pelo tabaco depois de todos estes anos? Talvez alguns sonhos só sirvam para manter um vício activo. 

Sei que o fumar não tem nada de bom. Faz mal a tudo, cheira mal, gasta-nos dinheiro e, acima de tudo, o prazer que sentimos não é o prazer de fumar mas sim o prazer de acabar com a privação do tabaco que o nosso corpo e mente pedem. 

E por isso também sei que, se voltar a sonhar o disparate que sonhei hoje, os cigarros a acenderem uns nos outros mas a convencer o sonho de que não fumo afinal, no dia seguinte começarei um tratamento de acupunctura para deixar de fumar. Nos sonhos, no meu cérebro ou na realidade. 

A Medicina Chinesa é eficaz na ajuda para deixar de fumar. Quando quiser mesmo deixar de fumar venha ter connosco.