E pronto! Chegámos ao ponto a que ninguém queria chegar nesta pandemia. O “achatar da curva” foi pulverizada e os hospitais já deitam pelas bordas, embora continuem a dizer na televisão que os hospitais estão “à beira das suas capacidades” ou “à beira da rutura”. O termo “à beira” é optimista e, penso, quer evitar pânicos e críticas mais severas. Mas a verdade é que os hospitais estão a rebentar e o pessoal de saúde que nele trabalham não conseguem nem podem fazer mais do que já fazem. 

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Saía da cidade de Montemor-o-Novo para ver o campo. As herdades e montes à volta, campos verdes, montados de sobro e azinho, olivais, vacas e ovelhas. 

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No Natal aparecem sempre muitas promoções, de tantas coisas como as que conseguirmos imaginar que se possam vender. Promoções, ofertas, vales, a que agora é chique chamar “voucher”, bilhetes pré-comprados, compras a levantar, descontos, tudo vale para que o frenesim das compras de Natal não pare, alimente o comércio e as pessoas possam usufruir de preços mais baratos para o seu Natal.

São apanhados nesta rede todos os que vendem alguma coisa e todos os que compram alguma coisa, diria eu. 

Também eu vendo um produto. Mas não é um produto que se ofereça a alguém, à partida. Acho que não cabe na cabeça de ninguém oferecer, a quem gosta, umas quantas sessões de acupunctura pelo Natal. É o mesmo que oferecer sabonetes a quem não cheira bem. Tem uma mensagem implícita que não se adequa com a época natalícia. Neste caso um “estás doente”, o que não é agradável. 

E, por isso, a cada Natal que passa, não tenho nada em oferta extraordinária dos meus serviços. Não ofereço descontos, promoções, bilhetes pré-comprados ou vales/vouchers. Pensei sempre que não se adequaria. 

Mas este ano é diferente. Este ano é atípico. Este ano está a ser uma desgraça generalizada no que diz respeito a stress, ansiedade, medo, angústia e companhia. As pessoas precisam de controlar tudo isso, de relaxar um pouco (sem que isso signifique relaxar cuidados profilácticos), de se sentirem mais soltas, de sentirem contacto físico.

Pensei. Afinal tenho muita coisa no meu trabalho que posso oferecer neste Natal. Massagem Tui Ná para descontrair, acupunctura para relaxar e controlar ansiedade, fitoterapia para ajudar nos casos de medo ou pânico, electroacupunctura para tratamentos de beleza, tratamentos para deixar de fumar…

Talvez o mais importante, aqui e este ano, seja a massagem. Descontrai, relaxa, controla a ansiedade, equilibra energias, é agradável, tem contacto físico. E pode ser facilmente oferecida a alguém de quem gostemos, sem que haja a síndrome da “oferta do sabonete”… 

Está decidido! Vou promover massagens a quem as quiser oferecer neste Natal. Em vez dos 30€ de tabela só cobro 25€ e emito um vale/voucher válido por 1 mês

Assim, até dia 1 de Fevereiro, basta fazer a marcação e pagar. Depois, a pessoa contemplada pela oferta terá 1 mês, a partir do pagamento, para fazer a sessão

Aproveitem e ofereçam a quem gostam!

O Natal costuma ser uma altura de convívio familiar ou de amigos. Porque a data é obrigatória, esta altura costuma gerar stress suficiente para que sejam esquecidas dores, maleitas e doenças durante este período. Por isso também é normal que notemos, todos os anos, nos nossos consultórios uma baixa na procura dos nossos préstimos profissionais por esta altura. O dinheiro que as pessoas gastam nas prendas, deslocações, comida, bebida e artigos variados de festa é, evidentemente, desviado de tudo o que não seja estritamente essencial para o Natal ou para o dia-a-dia. De onde as nossas consultas sejam muitas vezes atiradas para segundo plano, os tratamentos interrompidos e as patologias suspensas até doer mais ou piorar, o que se espera que só aconteça depois do período das festas, lá para Fevereiro.

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Antigamente a publicidade era feita nos jornais, na rádio. Depois, na televisão, para os que tivessem dinheiro, em panfletos, folhetos. Depois, flyers, outdoors, emails. Agora facebook, instagram, twiter, blogs, vlogs. 

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Dormir é bom. Serve para que o corpo recupere do desgaste que tivemos nas actividades do dia, sonhamos para “limpar” o lado emocional, arrumar a memória, o processamento de dados, os tecidos reconstituem-se, a energia repõe-se. E é boa, aquela modorra quando estamos entre cá e lá e nos apetece dormir mais um bocadinho e podemos dormir mais um bocadinho.

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Os gatos também envelhecem

Fui visitar outra vez os meus gatos. Ou melhor, os meus antigos gatos, que vivem noutra casa, desde que me separei da sua dona. Terão agora perto dos 18 anos, cada um deles. O tempo passa e nós não damos por ele. Eles continuam amarelos porque sempre o foram e eu passei a ser grisalho em vez do forte cabelo castanho-escuro aos caracóis. Eles ficaram com os olhos mais pequeninos e baços, o pêlo mais seco, áspero e desgrenhado, eu fiquei com rugas e os olhos mais papudos. Mas a verdade é que eles são muito mais velhos do que eu. Há uns tempos que não ia visitá-los. 

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São cada vez mais as pessoas que me dizem que passaram de consumidores de carne e peixe para uma dieta mais virada para a quase ausência destas proteínas. Ou que se tornaram vegetarianos ou ovo-lacto-vegetarianos. Ou Vegan. Ou isso. E cada vez mais jovens vegetarianos desde quase sempre. Seja o que for, o denominador comum é a ausência, ou quase, de carne ou peixe.

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Acho que toda a gente os tem. Chamo-lhe “os amigos à força”. São aqueles amigos que sabemos profundamente que se um dia deixarmos de lhes telefonar ou procurar de alguma forma, a comunicação ficará cortada e, irremediavelmente, o esquecimento e afastamento terá lugar até onde não sabemos. Por vezes até ao ridículo de os encontrarmos por acaso passados anos e nos dizerem “É pá, estava mesmo a pensar um dia destes em telefonar-te…”. Ou de até ao ponto de nunca mais os vermos ou sabermos deles de facto. 

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Pão a sério

Ando sempre a ver se descubro um sítio onde possa comprar pão como era dantes. No meu tempo de menino. O chamado pão alentejano. Não falo do pão tipo-alentejano, essa coisa que não é nem uma coisa nem outra e que adulterou completamente o que é um bom pão e ofende qualquer pão de facto feito e cozinhado como o pão-alentejano a sério. 

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