Cansaço, acima de tudo a queixa é de cansaço.
Read moreÉ quase Natal e os testes Covid esgotaram em todas as farmácias, supermercados e afins. A minha farmácia deixou de atender o telefone porque não pára de tocar a todo o momento, com pessoas a tentar marcar testes Covid. Todos querem testes. Para os jogos de futebol ou para a festa de Natal da família, o teste impõe-se, para uns por obrigação para poderem ir aqui ou ali, para outros por segurança para poderem estar juntos com os entes queridos.
Read moreE pronto! Chegámos ao ponto a que ninguém queria chegar nesta pandemia. O “achatar da curva” foi pulverizada e os hospitais já deitam pelas bordas, embora continuem a dizer na televisão que os hospitais estão “à beira das suas capacidades” ou “à beira da rutura”. O termo “à beira” é optimista e, penso, quer evitar pânicos e críticas mais severas. Mas a verdade é que os hospitais estão a rebentar e o pessoal de saúde que nele trabalham não conseguem nem podem fazer mais do que já fazem.
Read moreSaía da cidade de Montemor-o-Novo para ver o campo. As herdades e montes à volta, campos verdes, montados de sobro e azinho, olivais, vacas e ovelhas.
Read moreAlgumas pessoas com quem tenho falado ainda estão praticamente em confinamento. Habituaram-se a estar confinadas, sentem-se bem assim e deixam-se estar, isoladas e contentes com a sua melancolia confortável e solitária.
Read moreO confinamento exerceu com certeza uma pressão extraordinária em todos os que não estavam habituados a viver e trabalhar sempre dentro de casa.
Read moreHá ainda muita gente com medo de ir a uma consulta médica, ou a um hospital. Medo de ser infectados pelo vírus. Percebo. O medo de se ir a um sítio onde vão pessoas doentes é um medo visceral e instintivo.
Read moreEstamos numa altura agora em que teremos de ir para a rua, trabalhar, conviver, retomar uma vida o mais normal possível. É impossível ficarmos todos em casa por tempo indeterminado e é impossível erradicar o vírus. Por isso a população terá de ser infectada. Quer-se que isso aconteça aos poucos e devagar, para não haver caos e poder controlar o número de casos graves e de óbitos. Os mais novos e saudáveis deveriam avançar primeiro e só depois os mais velhos e mais frágeis. A vida social, económica e comercial deveria abrir de forma escalonada por idades e estados de saúde.
Read moreAssim preso sem o sentir / livre e preso porque quero / porque deixo e, assim, espero / enquanto agora o permitir //
Por vezes melhor luta / é aquela onde sossega / a impaciência da refrega, / o espírito, vontade bruta //
E decidindo decidir / ser livre estando cativo / sendo preso estou activo //
Para poder enfim sair / em gritos de liberdade / e ser livre de verdade //
Apesar do uso de máscara social (de tecido) não ser obrigatório, devemos, todos os que têm consciência, usá-la sempre que possível em todas as circunstâncias em que estejamos com alguém fora de nossa casa.
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