A Medicina Chinesa é uma medicina milenar que vê a pessoa como um todo equilibrado. Havendo um desequilíbrio nalgum órgão ou sítio do corpo haverá sintomas e doença. Reequilibrando o que estava desequilibrado haverá um estado de saúde outra vez. A Medicina Chinesa utiliza várias técnicas com vista a estimular a auto-regeneração e auto-regulação do organismo.
Devo procurar a Medicina Chinesa porque é uma medicina que vê o problema do paciente como um todo e não como especialidades isoladas. Por isso trata da causa da doença e não somente dos seus sintomas. Raramente tem efeitos secundários e pode ser usada em conjunto com a medicina convencional.
A Medicina Chinesa trata de todas as patologias que não envolvam emergência médica ou cirurgia. No entanto, como qualquer medicina, há patologias que respondem melhor do que outras aos tratamentos específicos e às abordagens clínicas.
Sim, a acupunctura também trata de coisas da mente. A Medicina Chinesa não dissocia o mental do físico. Um estado emocional pode induzir patologias físicas, assim como um estado físico pode induzir patologias mentais ou emocionais. Assim, as duas partes estão sempre ligadas e dependem uma da outra. Por exemplo, um estado depressivo será sempre visto como um desequilíbrio entre determinados órgãos, e não meramente como um desequilíbrio do mental.
A medicina chinesa, a acupunctura e a fitoterapia fazem parte das 7 terapias não convencionais que foram reconhecidas por unanimidade em 2003 no parlamento português.
As percentagens de sucesso da Medicina Chinesa são, normalmente, altas. Claro que é variável de doença para doença. Por exemplo numa tuberculose a medicina convencional será sempre mais eficaz, mas numa lombalgia crónica será provavelmente a medicina chinesa a mais eficaz. Seja como for, em doenças graves como, por exemplo, a oncológica ou Parkinson, aconselhamos sempre tratamento conjunto com a medicina convencional para que o paciente possa obter os melhores resultados.
O diagnóstico em medicina Chinesa é feito através da observação, do interrogatório e da palpação. É dada atenção às queixas do paciente, à descrição dos sintomas, a exames e análises que tenha. Fazem-se muitas perguntas que, aparentemente, podem não ter importância para a queixa principal. Observa-se a língua e mede-se o pulso.
A acupunctura é uma forma de equilibrar a energia incorrecta que provoca a doença, ou mal-estar, no organismo. Para isso colocam-se agulhas muito finas em determinados pontos no corpo. Estas vão agir como “válvulas” no organismo, transferindo energia de onde esta está a mais para onde faz falta.
São introduzidas agulhas de acupunctura, que são muito finas, em pontos específicos no corpo. Não é suposto ficarem a doer ou desconfortáveis. Depois, ficam colocadas entre 20 a 30 minutos.
Ninguém pode saber ao certo. Cada corpo é diferente de outro e, por isso, o tempo de reacção é também diferente. Ainda a ter em consideração a idade, estado da doença, sensibilidade, etc. Mas consegue-se fazer uma estimativa consoante cada doença ou sintoma. Por exemplo, um torcicolo costuma precisar de 1 a 3 sessões para desaparecer, mas se for uma depressão precisará de muitas mais.
Normalmente a frequência das sessões de acupunctura é semanal. Quando os sintomas melhoram passarão a quinzenais e depois mensais. Mas em casos agudos, como tendinites, dores súbitas ou lesões musculares, fazem-se sessões diárias ou dia-sim dia-não.
A acupunctura não tem de doer. Há pontos mais sensíveis do que outros mas o acupunctor deve escolher os mais confortáveis para o paciente. Normalmente sente-se uma picadinha quando a agulha entra na pele, mas nada que se compare com uma injecção ou quando se vai tirar sangue. Outras vezes nem se sente a agulha a entrar.
Para quem tem medo de agulhas há várias soluções para usufruir à mesma da Acupunctura. Por exemplo podemos escolher pontos onde o paciente não consiga ver as agulhas. Ou podemos usar, pura e simplesmente, o Laser em vez das agulhas.
A Acupunctura age sobre os sistemas nervoso, vascular e endócrino justificando os seus efeitos analgésicos, anti-inflamatórios, ansiolíticos, regeneradores e de relaxamento muscular, havendo cada vez mais pesquisa e investigação em torno da compreensão e do êxito terapêutico. Na perspectiva da Medicina Chinesa, a acupunctura é uma técnica que reequilibra os níveis energéticos dos órgãos através dos meridianos que atravessam o corpo, ou que dispersam os bloqueios que provocam dor ou patologia.
Uma sessão de acupunctura demora em média 35 minutos. O tempo do paciente se despir, colocar as agulhas, estas ficarem colocadas por 20 minutos, retirar as agulhas e vestir novamente. De qualquer forma reservamos sempre 60 minutos de sessão para cada paciente.
Os terapeutas nos 5 Movimentos são formados pela UMC (Universidade de Medicina Chinesa), em Lisboa, num curso de Medicina Chinesa de 5 anos. Para além disso fazem formação contínua em diversas áreas, são associados da APPA (Associação Portuguesa dos Profissionais de Acupunctura) e são acreditados pela ACSS (Administração Central do Sistema de Saúde).
As fórmulas da fitoterapia chinesa são constituídas por vários princípios activos que se equilibram uns aos outros e em dosagens baixas o suficiente para não interferir com os outros medicamentos de farmácia. Na nossa experiência não tivemos ainda nenhum caso de queixas de interferências negativas entre medicamentos.
Como qualquer medicamento, a fitoterapia pode ter efeitos secundários. No entanto e pela nossa experiência, estes limitam-se a sintomas leves, como desconforto gástrico ou fezes soltas. Estes efeitos são raros e desaparecem com a suspensão da toma ou com o ajuste da dosagem.