AVC… Basta ter o azar…

O que faz com uma pessoa tenha um AVC? Pois, já sabemos das coisas todas que podem dar nisso: comer em demasia gorduras, açúcares, vidinha sem se mexer, stress, beber álcool, beber refrigerantes, beber café, fumar, enervar-se com o chefe lá do trabalho ou os condutores a caminho de seja onde for, ter tensão arterial elevada, etc, etc… Mas também há pessoas que têm tanto cuidado com tudo isto que até enjoa. E têm AVC’s na mesma… 

Talvez seja somente um azar do caraças!… A verdade é que o nosso corpo é extraordinariamente resistente e inteligente. Resiste a temperaturas negativas, assim como às positivíssimas do deserto, resiste a anos de destruição oxidativa pelo álcool que bebemos sempre que brindamos à saúde de alguém ou para comemorar a vitória no jogo da bola preferido ou para afogar o resultado da derrota no jogo da bola preferido. Resiste aos nervos que dá o gajo que está a empatar o trânsito todo, ou os políticos quando nos mentem na cara um dia após o outro. Resiste a ataques constantes de bactérias, fungos e vírus que nos querem colonizar e acabar connosco enquanto seres que os combatam.

Ao mesmo tempo é tão frágil que não aguenta uma temperaturazita como nas noites marcianas ou num diazito de inverno de Júpiter. Ou dos 50 graus de temperatura média do planeta daqui a uns poucos anos. É tão frágil que desatina em tiros para todos os lados, acertando em todo o lado menos no inimigo, com um viruzito como o do SarCov2. Ou se formos atropelados por um comboio, mesmo se não estiver carregado. Ou se não dormirmos por uns dias. Ou se não bebermos água. Ou se respirarmos água. Ou…

Por isso, para se ter um AVC só é preciso ter azar. Ou ter uma bolinha de gordura ou de outras coisas a viajar no sangue até aos vasos do cérebro, ou ter uma veiazinha mais frágil que as outras na cabeça e a tal veiazinha fazer puf…

E já está. Rápido e, normalmente, indolor. Mais fácil do que comer tremoços e beber cerveja. 

Depois é que são elas! 

Recuperar das sequelas de um AVC requer paciência, perseverança, vontade de ferro, dinheiro, tempo… Não só da parte de quem teve o acidente, como da família que estiver com ele e mais os amigos de sempre, do café, do ginásio ou dos caracóis. Também para os profissionais de saúde que tratam destes casos, requer paciência, sentido de missão, perseverança, tempo. Com cada paciente. 

Cada doente é um caso específico, devido à lesão específica que o acidente provocou, assim como à sua extensão. Cada caso requer uma abordagem holística, ou seja, uma leitura do que o doente precisa no seu todo, para recuperar o melhor possível e o máximo possível. Nenhum prognóstico exacto pode ser feito, uma vez que todos os casos são diferentes apesar de alguns sintomas semelhantes. 

Muitas pessoas são deixadas sem tratamento, ou quase. Talvez a maior parte. Viverão, portanto, numa cadeira de rodas, ou deitadas, com metade do corpo sem se mexer, sem poderem falar, por vezes sem conhecerem ninguém nem nada. 

Outras, terão as suas recuperações com as ajudas de fisioterapia, terapia ocupacional ou da fala. Mas normalmente não chega.

De vez em quando trabalho também num programa de recuperação de sequelas de AVC, de um colega meu (Dr João Catarino). Tem sido o caso nestes últimos tempos. Gosto muito. É um programa baseado na medicina chinesa (acupunctura, electroacupunctura, massagem Tui Ná, fitoterapia chinesa) e com fisioterapia, terapia ocupacional, terapia da fala, psicologia e outras terapias que sejam necessárias caso a caso, num programa muito intenso. Os resultados alcançados têm sido excelentes. O programa existe há muitos anos. 

Se conheces alguém que tenha tido o azar de ter tido um AVC, fala connosco e faremos do nosso melhor para que tenha melhorias consistentes e úteis para a sua nova vida e dos seus familiares:

Ou através deste site (939 562 010; 005.movimentos@gmail.com) ou directamente para o Dr. João Catarino (918 113 056; Site https://www.drcatarino.pt )